Jogo desenvolve senso crítico, planejamento, trabalho em equipe e resolução de conflitos.
Os alunos da Espiral aprendem brincando. E isto não é trocadilho, nem slogan para conquistar novas matrículas. Na escola que não tem sala de aula, professor, prova e nem tarefa, as estratégias para as crianças e adolescentes acessarem conhecimento e desenvolverem competências são as mais variadas e vão surgindo naturalmente. O bacana é que, com a liberdade de poder definir sua própria rotina de estudos, é comum os alunos lançarem mão de ferramentas e temas que os agradam para aprender por meio deles. Assim, é muito comum surgirem brincadeiras e jogos para apoiar na construção do conhecimento.
Foi assim que apareceu a primeira turma jogando RPG. Almofadas no chão, pernas cruzadas, muita concentração e criatividade, assim foi nascendo a primeira aventura da turma da Espiral. Sem segregação por idade ou série, os alunos se misturaram para viver a história de aventura criada por um deles.
A sigla RPG significa Role Playing Game, neste jogo, os participantes representam personagens de narrativas criadas pelo chamado mestre do jogo.
Durante a preparação, o grupo desenvolve a história em detalhes, caracterizando personagens desde as características físicas até as psicológicas, o que requer planejamento, criatividade e muita atenção pois os movimentos e tomadas de decisão que acontecerem durante a aventura devem levar todas estas características em consideração.
Na Espiral, o jogo de RPG é acompanhado por uma tutora de língua portuguesa. Ela não interfere no processo criativo e garante que o que parece brincadeira é um rico momento de aprendizagem: “A princípio, meu objetivo era estimular a produção escrita de narrativas de aventura e biografias de personagens criados por eles. O jogo também estimula o gosto pela leitura e podemos explorar vários conteúdos de história, geografia e atualidades… É muito legal! E o mais legal é que agora eles nem precisam mais do meu acompanhamento, já se organizam, jogam sozinhos e criam novas formas de jogar… E no fim das contas, além dos objetivos pedagógicos, também conseguimos nos divertir bastante.”, conta a educadora Daniele Ribeiro Nogueira.